Escrito por Vitor Lima.
''Conte não vai conseguir jogar com 3 zagueiros na Inglaterra''. Muito se repetiu essa frase/conceito quando o técnico italiano, recém-saído de um bom trabalho na seleção de seu pais, desembarcou em Londres. Na terra dos ''wingers'' com muita vitória pessoal e velocidade, era inconcebível imaginar uma equipe sem os laterais protegendo os defensores, e isso realmente não aconteceu. Antonio fez uso de um esquema híbrido entre o 3-4-3 (ou 3-4-2-1) no ataque e o 5-4-1( por vezes um 5-3-1-1) no momento defensivo, garantindo assim equilíbrio ataque-defesa, empilhando vitórias e conquistando o titulo da Premier League em seu ano de estréia. Uma temporada se passou e nosso desempenho não é o mesmo da série avassaladora que nos alçou ao título na temporada passada: Jogadores em má fase? Adversários se encontrando? É difícil apontar uma causa e tomar a mesma como a única certa, mas um fator tem tomado os debates entre torcedores: a falta de variação tática. Alguns acreditam que nosso esquema atual esteja manjado, outros em defasagem...mas quais caminhos Conte pode tomar com o elenco atual? Vejamos:
4-2-3-1
Tendo Hazard na posição que o consagrou, talvez poderíamos ter mais jogadas agudas pelos lados e, teoricamente, mais homens no meio de campo.
O que falta?: Alguns de nossos zagueiros (Cahill, Luiz) não são muito confiáveis jogando numa linha de quatro enquanto Azpilicueta muito pouco jogou de zagueiro em esquemas assim. Além disso, o ''10'' nesse esquema necessita da capacidade de criação de Fàbregas e do dinamismo de Hazard, peça essa que não temos no elenco; colocar o espanhol nessa função o tira a capacidade de armar o jogo de trás e o coloca em uma zona de muita intensidade, tendo em vista que se chocaria com os volantes adversários, já o belga teria muito menos espaço para suas arrancadas e dribles, tendo assim seu principal atributo sendo limitado.Solução caseira: Willian, desde que em forma, consegue aliar a agilidade e a criação que a posição de meia-atacante pede, mesmo que não seja suficiente para as ambições do time.
Solução de mercado: Isco - O meia cumpre bem a função de ser o armador central do time, mas parece um alvo extremamente irrealista devido ao espaço dado por Zidane. Uma alternativa à se pensar é Thiago Alcântara , que tende à perder espaço no Bayern com a chegada do ''novo'' treinador.
4-1-4-1
Um dos esquemas do momento, coloca mais um jogador na zona de criação ofensiva e facilita triangulações.
O que falta? Nessa plataforma, o primeiro volante do time precisa reunir uma série de atributos para que seja realmente efetivo: antecipação, leitura de jogo, imposição física, qualidade de passe, liderança e posicionamento. O problema é: todos os nossos volantes são talhados para jogar em duplas, muito pela montagem do elenco para o 3-4-3, onde cada combinação de meias pode alterar diretamente na maneira de se jogar da equipe.
Solução caseira: Ao
meu ver, Bakayoko tem perfeitas condições de se adaptar à jogar nessa função:
dono de um fôlego interminável, muita força e noção de cobertura, precisaria
apenas melhorar a sua saída de bola, que por vezes é afobada, para se tornar a
peça ideal nesse sistema.
Solução de mercado: Weigl, Jovem volante do Borussia Dortmund. Alta estatura, saída de bola limpa e visão de jogo, talvez teria que aumentar sua intensidade para os padrões do campeonato inglês
Solução de mercado: Weigl, Jovem volante do Borussia Dortmund. Alta estatura, saída de bola limpa e visão de jogo, talvez teria que aumentar sua intensidade para os padrões do campeonato inglês
4-4-2
O
que falta? Teoricamente, nada. O problema seria a inconsistência de Batshuayi e
a tendência de jogarmos quase que unicamente no contra ataque. No ano passado foi rapidamente testado com Diego Costa e o belga supracitado, dando relativamente certo.
Talvez
o esquema atual realmente esteja manjado, talvez realmente precisemos de
variações... Mas será que nosso elenco comporta tais variações? Fica o
questionamento.
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