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Desaparecendo na fumaça: Maurizio Sarri deixa o Chelsea


     Depois de muita especulação, finalmente está confirmado que Maurizio Sarri deixa o Chelsea e se junta a Juventus para a próxima temporada. Um trabalho que de certo modo deu bons resultados, infelizmente será interrompido. Agora o Chelsea está à procura de um substituto.

     Sarri chegou ao Chelsea no meio de 2018 trazendo uma proposta nova de se jogar futebol. As equipes dos Blues dos últimos anos eram sempre defensivas e pragmáticas, e a chegada de Sarri animou muita gente por conta do estilo semelhante ao de Pep Guardiola. Quando chegou, o treinador ainda pediu a contratação de seu fiel escudeiro Jorginho para implantar seu sistema e foi atendido, apesar do alto preço de £57 milhões.

     Após algumas semanas de início de trabalho, veio a estreia na Premier League e o time mostrou um resultado inicial inesperado. Uma longa sequência de 12 jogos invictos causava espanto até nos que ainda eram contra seus métodos. E ainda tendo a fase de grupos com caminho fácil na UEFA Europa League, ficou ainda mais nítido o laboratório que Sarri fazia para seu time ser mais ajustado.

     Entretanto, no futebol inglês as coisas não são fáceis. Em dado momento você começa a oscilar, não tem escapatória. E Sarri foi pego na oscilação em meados de Novembro até Fevereiro, causando atritos com a imprensa e a torcida após resultados ruins e uma queda de produção no chamado "Sarriball" gerava turbulências. O clima já não era mais sereno.

     No meio de toda a turbulência tivemos acontecimentos notáveis: Poucas chances para o garoto Callum Hudson-Odoi e especulações de uma possível saída do jovem para o Bayern; troca no ataque, saindo Álvaro Morata e chegando outro querido de Sarri, Gonzalo Higuaín; derrotas vergonhosas para Bournemouth e Manchester City; eliminação para o Manchester United em casa na FA Cup; o episódio com Kepa na final da Carabao Cup; e incertezas sobre o futuro do clube com a punição de não poder fazer contratações nas janelas de transferências.

     Demorou, mas Maurizio Sarri conseguiu contornar algumas dessas situações. Na base da pressão, colocou Hudson-Odoi em mais jogos e o fez virar titular, ainda com o bônus de fazer o mesmo com Ruben Loftus-Cheek. Após o 6-0 para o City, a equipe mudou de postura e passou a jogar melhor, só perdendo 3 de 24 jogos, e de quebra conquistou a UEFA Europa League, seu primeiro título na carreira. E o atrito com Kepa foi resolvido com uma partida no banco de reservas.



     Mas isso não foi suficiente para agradar a torcida e talvez nem a diretoria. O clima ficou insustentável após uma partida contra o Cardiff em que a torcida entoou gritos de "F*cking Sarriball" após um rendimento ruim. E perguntado sobre seu futuro depois da final da UEL, em Baku, Sarri ainda falava sobre permanecer no clube e no futebol inglês, que estava feliz e acreditava em seu trabalho. Porém a escolha agora não condiz com as palavras.

     Alegando estar com saudades da Itália e precisando estar perto da família, desde a final da UEFA Europa League, Sarri tem conversado com a diretoria para que aceitassem sua transferência para a Juventus, que estava à procura de um treinador. Estranho, para quem disse que queria continuar no futebol inglês...

     Parando para analisar o cenário atual, fica fácil tomar a decisão que Sarri tomou. Ora, por que ficarei em um clube instável, que pode pedir minha cabeça após 4 jogos ruins? Principalmente agora que o Chelsea não pode contratar e perdeu Eden Hazard. Além disso, a Juventus é a principal equipe da Itália no momento e tem Cristiano Ronaldo no plantel. Não dá para equilibrar.

     O triste aqui, é a bipolaridade e as falsas esperanças dadas. Falar uma coisa e fazer outra depois. E sem contar que o italiano está traindo seu ex-clube, o Napoli. Que venha um treinador que não nos traia também...

Arthur Cavalcanti

Arthur Cavalcanti

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