Desde 2009 o Chelsea não enfrentava o Liverpool em competições europeias e nesta quarta-feira (14/08) os dois voltam a se enfrentar pela final da Supercopa da UEFA com o Liverpool sendo o campeão da Champions League e o Chelsea sendo campeão da Liga Europa.
Pra quem não lembra, esses clubes se encontraram por quatro vezes em fases de mata-mata da Champions na última década (2005, 2007, 2008 e 2009), onde protagonizaram duelos memoráveis tendo duas vitorias pra ambos os lados. Em 2005 e 2007 “batemos na trave” nas semifinais, em 2008 na prorrogação conseguimos a classificação para a final, já em 2009 o jogo era válido pelas quartas de final.
O dia era 14/04/2009 e 38.286 pagantes lotaram as arquibancadas do Stamford Bridge onde mal sabiam que presenciariam uma das maiores partidas da história da competição. Dois timaços que já haviam se enfrentado em Liverpool e com o Chelsea vencendo pelo placar de 3 a 1, resultado que dava vantagem e certo conforto para o time londrino. No jogo da volta, sem Gerrard o Liverpool tentava uma remontada e o Chelsea foi escalado de forma ofensiva com Essien centralizado atrás de Lampard e Ballack, além de Kalou aberto na ponta direita, o que dava claros sinais de que teríamos uma partida eletrizante.
Aos 12 minutos, Fernando Torres recebeu belo passe dentro da área e ficou cara a cara com Cech e jogou por cima, Lampard cobrou falta da intermediária, levando certo perigo a Reina, já aos 18 minutos numa cobrança de falta do lado direito de ataque, Fábio Aurélio viu que Cech havia se posicionado muito para dentro da área e decidiu bater direto, no que resultou no primeiro gol dos Reds. A distância havia diminuído e o Chelsea sentiu o golpe já que aos 25 minutos em nova cobrança de Fábio Aurélio dessa vez para dentro da área, Ivanovic abraça Xabi Alonso dentro da área cometendo o pênalti que foi cobrado pelo mesmo Xabi.
Dois gols em falhas individuais que deixavam o Liverpool a um tento de conseguir o seu milagre, muito decorrente do abismo emocional que o próprio Chelsea causou ao entrar confiando na vantagem e que só piorou após o primeiro gol do Liverpool logo no início da partida. No fim do 1º tempo numa pressão absurda quase Kuyt encobriu Cech que fez belíssima intervenção, garantido que o pior não acontecesse antes do intervalo.
Na volta pro 2º tempo os times pareciam ter voltado no mesmo ritmo, o Liverpool seguia pressionando no seu campo de ataque, porém só pareceu mesmo porque aos 5 minutos o Chelsea começou a sua reação quando Anelka levou a bola até a linha de fundo e cruzou para a área, Drogba resvalou o suficiente para Reina se enrolar todo e tomar um “frango” fazendo a torcida explodir no estádio e o Liverpool recuar. Daí em diante começou uma pressão que culminou numa cobrança de falta muito perigosa de Drogba. Aos 11 minutos o zagueiro brasileiro Alex se ajeitou para bater uma falta de muito longe e viu que Reina posicionou apenas quatro homens na barreira, talvez por não conhecer a fama que Alex já tinha desde os tempos de Santos onde já era um exímio cobrador de faltas de longa distância. Não deu outra, Alex acertou uma bomba que passou por Ricardo Carvalho que se posicionou ao lado da barreira e se abaixou quando a bola passou, surpreendendo o goleiro que mal viu a bola passar.
Golaço que inflamou de vez a torcida e empatou o jogo trazendo a vantagem dos dois gols de volta para o Chelsea. O jogo ficou aberto, chances e correria de ambos os lados, Ballack perdeu uma chance clara, Arbeloa deu um pontapé em Essien e só levou cartão amarelo que causou revolta geral pela gravidade da falta. Aos 30 minutos em grande jogada de Drogba, Lampard completou um lindo cruzamento da lenda marfinense e nos colocou a frente do placar.
Já estávamos na parte final da partida e a classificação estava assegurada, certo? ERRADO! Aos 35, Lucas Leiva acertou um chute que desviou na zaga e matou qualquer chance de defesa de Cech, aos 37 num cruzamento na área, Kuyt marca o gol da virada do Liverpool. 4 a 3 no placar, 6 a 5 no agregado, agora eles precisavam de um gol para a remontada. Silencio no Stamford Bridge, apreensão total até que aos 43 minutos Anelka encontra Lampard dentro da área que sem hesitar chuta de primeira e alcança o canto direito de Reina, dessa vez liquidando a fatura e pondo números finais a partida.
Sem dúvidas foi um jogo marcante e que estará para a sempre em nossos corações por inúmeros fatores, mas sempre destacando o principal: A força de vontade que aquele elenco tinha para superar as adversidades que enfrentavam. Que consigamos alcançar mais um titulo, mais um jogo memorável para a nossa história gloriosa.
Agora que já relembrou essa partida lendária, que tal assistir novamente? O portal Esporte Interativo transmitiu no programa Liga Retrô em seu Facebook: acesse aqui!
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COME ON BLUES!
Muito bom
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