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Especial: Qual a melhor solução para o Chelsea?


Antes de começarmos, só deixaremos claro que a matéria a seguir em nenhum momento faz apologia a alguma decisão que a diretoria do Chelsea possa fazer futuramente. Nós apenas faremos nesse artigo uma apresentação dos fatos que aconteceram até aqui na temporada e iremos sugerir soluções com prós e contras de cada.

Pois bem, é de conhecimento de todos que a temporada 2015-2016 não tem sido boa para o Chelsea, com péssimas atuações, poucos resultados positivos, episódios polêmicos internamente e crise. Há algum culpado nisso tudo, ou alguns? Ou tudo isso que está acontecendo é psicológico? Ou também pode ser uma tremenda bola de neve iniciada por algum resultado aleatório ou um fato ocorrido? Ninguém sabe explicar como um time que é o atual campeão da Premier League e manteve quase todo o elenco da temporada passada, pode ter um rendimento tão inesperado.

Primeiro fato: Saída de Petr Cech para o Arsenal. Na temporada passada, Thibaut Courtois retornou ao Chelsea após ter sido emprestado ao Atlético de Madrid e com isso virou titular, deixando Cech no banco. Cech se mostrou insatisfeito com a situação, mas foi profissional até o fim da temporada e ajudou os Blues quando foi solicitado. Porém um grande goleiro como Petr Cech não pode ser reserva sempre, então recebeu proposta de um dos rivais, o Arsenal, e arrumou as malas. A liderança e influência que Cech exercia era muito importante no Chelsea e sua ausência deixa sim um vazio difícil de preencher.

Segundo fato: Afastamento de Eva Carneiro. A temporada já havia se iniciado com o Chelsea perdendo a decisão da Community Shield para o Arsenal em Wembley, mas foi na estreia da Premier League que aconteceu um episódio inesperado. O Chelsea estava empatando com o Swansea no final do jogo e Hazard havia se machucado em um lance, a equipe médica entrou em campo sem aprovação de Mourinho, que queria que o jogo continuasse para continuar atacando e não poderia ter mais um homem de fora (Courtois havia sido expulso durante a partida). O jogo terminou empatado e após a partida, Mourinho iniciou uma discussão com Eva e disse ofensas à médica, que não suportou o fato e deixou o clube, iniciando até um processo contra o treinador. Um caso assim só pode gerar mal estar internamente, podendo influenciar dentro de campo.

Terceiro fato: Péssimas atuações. Os dois fatos acima já contribuem um pouco para que o rendimento do time caia, mas a coisa pode se agravar mais ainda quando vem uma derrota acachapante contra o Manchester City por 3 a 0. Um dos nossos principais concorrentes ultimamente, o City não pisou no freio e aproveitou o mau dia do Chelsea completamente. Uma derrota assim pode influenciar bastante, o que aconteceu diante o West Bromwich na rodada seguinte, porém felizmente o Chelsea conseguiu vencer. Mas e depois? Mais resultados ruins, inclusive em casa para Crystal Palace e Southampton. Em seguida vieram as vitórias sobre Arsenal na Premier League, Maccabi Tel-Aviv na Champions e Walsall na Copa da Liga, mas o time não engrenou e conquistou apenas uma vitória em oito jogos, ainda sendo eliminado da Copa da Liga pelo Stoke. Tudo isso fez com que José Mourinho fosse questionado e especulado fora do Chelsea futuramente pela má fase.

Quarto fato: Contratações. Tudo bem que o Chelsea manteve praticamente a mesma base da temporada passada, mas Drogba e Cech saíram, Filipe Luís também saiu, mas mesmo não tendo sido titular, era uma boa peça de reposição. Cuadrado não vingou no clube e também saiu. Então, o Chelsea contratou três jogadores muito novos, Baba Rahman pro lugar de Filipe Luís, Djilobodji, um jovem zagueiro senegalês e Kenedy, promessa revelada no Fluminense. A única contratação forte dos Blues foi o atacante Pedro, campeão várias vezes com o Barcelona. É óbvio que leva tempo até jogadores jovens se adaptarem a um clube, ainda mais sendo um clube da Premier League. O problema é quando não se pode esperar tanto para que eles se adaptem, com o time indo tão mal na temporada.

Esses foram os fatos que, sozinhos poderiam ter sido administrados e contornados rapidamente, mas somados, podem ser a causa desse momento delicado do Chelsea na temporada. Então o que deve ser feito? Boa pergunta. Há um leque aberto de decisões que podem ser tomadas para tentar melhorar a situação do Chelsea. Porém, ao tomar determinada decisão, há o risco de ter alguns efeitos colaterais e é por isso que, por exemplo, José Mourinho não foi demitido. 

Vamos supor que a diretoria do Chelsea demita o Mourinho, além de causar revolta nos torcedores, que o amam, ainda haveria uma pressão sobe quem seria o substituto dele e não há tantos nomes a altura disponíveis no mercado. Carlo Ancelotti? O treinador da décima conquista da Champions League do Real Madrid está em período sabático, portanto, é uma dúvida. Demitir treinador é sempre uma roleta russa, você pode se salvar ou não. Quem garante que o time não vá desandar mais, inclusive nas primeiras semanas que é quando o time tenta entrar na filosofia de um novo treinador?

Outra decisão que poderia ser tomada é contratar reforços de peso na janela de transferências de Janeiro. Porém se for para tomar essa decisão, há sempre o risco de os jogadores não se encaixarem na equipe ou demorarem para isso.E mesmo que consigam, aí sobra para outros jogadores do elenco perderem espaço e ficarem insatisfeitos, caindo de produção. Mas aí é na cabeça de cada jogador e eles têm que ser profissionais e aceitarem a situação em prol do clube.

Uma situação bem menos radical seria José Mourinho, o capitão John Terry, os jogadores, assistentes, comissão técnica, médicos e todo mundo se reunirem e terem aquela conversa. Uma conversa que os incentivasse, uma conversa que deixasse claro que o Chelsea precisa deles, e precisa deles unidos, porque ninguém joga sozinho, ninguém fica bem condicionado sozinho, ninguém se recupera de lesão sozinho, ninguém administra uma equipe sozinho e aí com esse espírito de união, a vontade de vencer aparece, os bons resultados aparecem e o mau momento desaparece, dando lugar a uma equipe em ascensão e de volta à briga. Mas para isso funcionar exige o comprometimento de todo mundo, e conseguir isso não é fácil...

Essa foi uma matéria especial para mostrar os ângulos da situação atual do Chelsea e apresentar uma forma de mudar a realidade do clube, que tem time pra estar brigando de igual pra igual em todas as competições, mas atravessa uma péssima fase.

Arthur Cavalcanti

Arthur Cavalcanti

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