Com sua história incomum, comportamento fora da curva e temperamento aflorado, o novo treinador do Chelsea traz consigo uma expectativa: mudar a forma da equipe atuar. Historicamente ligado à uma cultura de futebol que tem como bandeira o contra-ataque, o Chelsea tem em Maurizio Sarri sua contracultura menos extrema.
Isso se deve ao fato de, mesmo utilizando de um jogo de passe e posse, o treinador ter um histórico de times de transição rápida que, com toques curtos e automatismos, chega rápido até a área adversária.
Automatismos, isso define o auge das equipes de Sarri. O treinador é conhecido por ter jogadas ensaiadas para toda e qualquer situação do jogo. Isso, por um lado, nos dá a certeza de que com essa organização e os jogadores que temos, e os que podem chegar, teremos um coletivo e um individual brilhantes. Por outro lado, mecânicas de jogo dessa complexidade precisam de tempo para implementação, o que me leva a pensar que, talvez, só vejamos o auge desse time em uma segunda temporada.
Quanto ao esquema tático, muitas vezes tendo jogado em um 4-3-1-2 em equipes menores, o italiano firmou seu Napoli em um 4-3-3, o que leva à pensar que será essa a plataforma inicial em Londres. Sarri, no Napoli, deixava clara a idéia de assimetria em seu plano de jogo. Um lado era mais técnico e contava com as subidas do lateral, no caso, Ghoulam, e o outro era mais físico, com um ponta mais tático e um lateral mais preso.
Partindo disso, é possível imaginar um ponto de partida:
Acredito que Pedro saia na frente pela PD. Sua entrega tática e escola de jogo apoiado contam muito, porém, disputa aberta. Zagueiros com boa saída de bola. Goleiro e 9, pra mim, são as maiores duvidas.
Além disso, Sarri costuma utilizar um jogo de pressão no campo adversário, o que nos dá uma certeza: Kanté será mais o cara do que nunca.
E você, o que espera?
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