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[ESPECIAL]: O Rei está de volta!

The King of London.
Julho de 2004. Para qualquer torcedor apaixonado pelo seu time essa data não passa de mais um dia do ano, mas para o torcedor Blue não. No dia 20 de julho de 2004 vinha jogar ao Chelsea do até então recém-chegado José Mourinho um jogador chamado Didier Drogba, não muito ovacionado, apesar de vim de uma ótima temporada no Olympique de Marselha, da França. O preço foi de 24 milhões de libras.

Mas nem o mais fanático torcedor azul sabia que aqueles 24 milhões de libras seriam tão bem investidos. Nem o torcedor mais fanático do Chelsea adivinharia que aquele marfinense se tornaria um dos maiores ídolos do clube, chegando ao mesmo patamar que Peter Bonetti, goleiro que mais atuou com a camisa azul, ou Frank Blunstone, jovem que foi um dos responsáveis pela conquista do primeiro campeonato nacional do Chelsea, ou Charlie Cook, dentre outros. E será se algum torcedor dos blues acreditaria que ele seria o autor do gol que deu o título mais importante da história do clube, a Champions League?

Isso demonstra o poder do futebol. Isso demonstra o poder de Drogba, a raça de um jogador que desde pequeno demonstrou o quanto ele era capaz de ser um dos grandes jogadores do mundo apesar de nascer em um continente pobre como a África, de ter no sangue o amor pelo futebol, já que seu tio também era jogador e foi o responsável pela ida de Didier à França, em 89.


Mourinho ordenou sua contratação. Drogba vinha de uma boa temporada na França, foi eleito o melhor jogador do Campeonato Francês, além de levar o OM à final da Europa League. “Mas como será o Drogba jogando na Premier League?”, se perguntou o torcedor. As seguidas lesões o atrapalharam no começo do time, mas ele deu a volta por cima e foi peça fundamental na primeira conquista do clube da Premier League, o segundo campeonato inglês em sua história.

E não foi apenas uma conquista de Premier League. Em novembro de 2004, o time vence o Everton e se isola na liderança no campeonato e dali mais não saiu, foram 29 vitórias, apenas 1 derrota e conquistando 95 pontos. Além disso o time conquistou a Copa da Liga vencendo o Liverpool por 3 a 2. E Drogba contribuiu com um gol como você pode ver aqui.

Mas que cartão de visita que ele deu junto aos companheiros, não é mesmo?

“É, esse é o cara”, pensava o torcedor do Chelsea naquele momento.

Drogba a partir dali mostrou que veio pra ficar. Sua trajetória vencedora foi a cada dia crescendo mais. Foram 12 títulos com a camisa azul e muitas alegrias ao torcedor. Qual torcedor não gostava dos gols que Drogba fazia no Arsenal?

Quando os dois rivais londrinos se enfrentavam todos já sabiam o que ia acontecer. “Drogba irá ao fundo das redes e o Chelsea sairá vencedor.” dizia aquele torcedor azul. E não era que acontecia mesmo?

Drogba enfrentou o Arsenal 15 vezes, com 5 gols no Emirates em 7 jogos, foram 11 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota. Total de 15 gols e 4 assistências. Média de 1 gol por jogo... 

A temporada 2009-10 de Drogba foi especial, afinal de contas foi nela que ele chegou a marca de 100 gols pelo time. A partida foi válida pelo Campeonato Inglês contra o Wigan. Um gol “alá Didier Drogba”. Sinônimo de raça, de inteligência. Drogba recebeu cruzamento e bateu de primeira, a bola entrou debaixo das pernas do goleiro.

O gol mais importante de sua carreira do Chelsea estava feito, afinal de contas era o centésimo, certo? Errado. Drogba estava no seu ápice, mas poderia chegar mais longe. E isso aconteceu no dia 19 de maio de 2012. Final da Champions League. Depois daquelas oitavas de final contra o Napoli onde o time perdeu fora de casa por 3 a 1 e em casa venceu por 4 a 1 e avançou de fase a cara do time mudou. E todos nós veríamos depois no jogo contra o Barcelona de Guardiola.

Camp Nou. No primeiro tempo estávamos perdendo por 1 a 0 e Terry foi expulso. Logo mais Iniesta fez o segundo e o torcedor blue pensou: “Será se ainda dá?”. O narrador ufanista afirmava em sua transmissão: “Segura aí amigo, que vem chocolate aí!”. Estava enganado. Ramires recebeu um passe açucarado de Lampard e meteu por cobertura de Victor Valdés, 2 a 1, no agregado nós estávamos passando. Mais na frente Drogba comete um pênalti em Fábregas. “Por que logo agora, Drogba?”, pensava o torcedor. Messi na cobrança e bola na trave. Ainda estávamos avançando. Após bola na trave, gol corretamente anulado, bola passando perto do gol e Cech fazer grandes defesas, eis que veio um contra ataque fatal aos 46 do segundo tempo, Fernando Torres ficou livre e fez o segundo. 2 a 2. “E o Di Matteo calou minha boca, é gol do Fernando Torres!”, dizia o narrador ufanista. Lá estávamos, preparados para mais uma final de Champions, a segunda. Local? Allianz Arena. Adversário? O Bayern de Munique.

Contra tudo e contra todos lá estavam eles. Não éramos favoritos, concordo. Mas a raça, a vontade, o poder de liderança de Drogba gritavam mais alto. A tática do Chelsea e o jogo era o mesmo, time fechado e saindo no contra ataque, Drogba sozinho lá na frente. O jogo estava tão igual que teve até um gol anulado de Ribéry.

Drogba com a taça de campeão da Champions.
Mas parecia que o final seria diferente, na segunda metade do segundo tempo de jogo o Bayern abre o placar com Müller de cabeça, 1 a 0. “O sonho acabou!”, dizia tristemente o torcedor. Calma, nós temos Drogba. 43 do segundo tempo. Escanteio para o Chelsea, Drogba fez o que sabe de melhor, antecipou-se da zaga e cabeceou firme, indefensável para o goleiro Neuer, o jogo estava empatado! “É um time iluminado”, falava aquele narrador ufanista.

Prorrogação. No primeiro tempo Drogba comete um pênalti. “De novo, Drogba? Por quê?” dizia o torcedor. Mas o time realmente era iluminado, Robben na bola. Cech pega.

Fim de prorrogação! Vamos para os pênaltis. E a bola do título foi dele. Lá vem o rei Drogba. Juiz autorizou. Gol! O Chelsea é campeão da Champions League pela primeira vez em sua história! A Europa é azul, o rei de Londres quem manda. Em seu último jogo com a camisa do time ele fez o gol que levou o jogo para a prorrogação e consequentemente aos pênaltis.

São por momentos como esse que Drogba merece todas as homenagens. Drogba foi um dos responsáveis por levar ao torcedor do Chelsea o momento mais feliz da vida deles. A raça, a luta, a vontade, a perseverança, a confiança, a fé, tudo isso fez com que o time chegasse a um momento como esse, e eu só tenho a agradecer como torcedor desse time por me proporcionar um momento desse. Agora ele está de volta, aquele atacante com “A” maiúsculo está de volta, era tudo que faltou ao Chelsea na temporada passada, faltou um líder, faltou um jogador que tem tudo a ver com o time, e Drogba é esse cara.

Eu sei que os dias passam, o mundo gira, e consequentemente sei que Drogba está mais velho, então não podemos esperar dele o que ele fez no seu brilhante passado com a camisa azul, mas só em tê-lo de volta, só em ver que ele está do nosso lado, que a gente pode contar com ele na hora que a gente quiser, que ele sempre estará ali para ajudar o time, é de uma satisfação e de uma alegria sem tamanho.

Drogba, repito, se tornou um dos ídolos do Chelsea, e eu como torcedor, pude ver vários momentos desse jogador no time. Isso é uma honra para mim. E ele merece cada palavra que estou falando aqui, pois fazer o que ele fez, foram poucos. Como disse Charles Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria, viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”, e essa frase faz todo sentido, pois acredito que não só eu, mas todo torcedor do Chelsea e amante de futebol tem sua vida resumida a isso. O Chelsea já nos proporcionou muitas alegrias, tristezas também que faz parte do futebol, mas viver isso é sensacional, e Drogba fez parte disso.

Bem vindo de volta rei Drogba! Bem vindo a Londres novamente, bem vindo ao Stamford Bridge mais uma vez. Estaremos juntos, a gente a cada fim de semana ligando a TV para ver você e o time do Chelsea jogar e conquistar títulos. 

Por Caio Victor
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