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Especial - O milagre no Camp Nou


Certamente quem viu tem alguma história curiosa para contar sobre como foi esse épico duelo entre Barcelona e Chelsea em 2012. Como neste 24/04 completam 5 anos desse jogaço, decidimos relembrar como tudo aconteceu. 

Havia uma série de fatores envolvidos nesse confronto. Primeiro, Chelsea era tido como a "zebra" das semifinais da UEFA Champions League daquele ano, que também tinha Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique. Segundo, o Barcelona era a principal potência do futebol naquela época nas mãos do Guardiola, atual campeão da Champions e do Mundial. E terceiro, era uma espécie de revanche do Chelsea depois daquele assalto em Stamford Bridge no ano de 2009.

O Chelsea tinha Roberto Di Matteo como técnico, que assumiu a equipe interinamente após a demissão de André Villas-Boas, e como foi avançando nas fases anteriores da UCL, foi permanecendo no cargo. Na partida de ida, um gol solitário de Didier Drogba deu a vitória aos Blues em Londres, então bastava empatar ou perder por 1 gol de diferença contanto que marcasse gols no Camp Nou para se classificar.

Pois bem, praticamente todos diziam que haveria uma goleada dos catalães, que o Chelsea nunca iria se classificar esta que seria ataque contra defesa. Eles só acertaram uma dessas coisas. O jogo começou como se esperava, Barcelona atacando o tempo todo e o Chelsea esperando pelos contra ataques. Porém, logo cedo Di Matteo teve que fazer uma alteração forçada, pois Gary Cahill se lesionou e então, José Bosingwa entrou em seu lugar aos 12' minutos.  

O Barcelona também precisou mexer logo depois, já que Gerard Piqué machucou a cabeça e Daniel Alves o substituiu. O time da casa seguia bombardeando o Chelsea, que se defendia de todos os jeitos. Petr Cech fechava o gol e quando não dava, John Terry & Cia. livravam os Blues.




Entretanto, uma hora não ia dar para evitar o gol. Isaac Cuenca recebeu na esquerda e rolou para o meio da área e Sergio Busquets chegou finalizando para abrir o placar. E se as coisas já começavam a se complicar, piorou quando em seguida num lance sem bola, Terry se desentendeu com Alexis Sanchez e o juiz expulsou o zagueiro.

Logo após a expulsão do nosso capitão, o Barcelona fez o segundo gol aos 43' com Lionel Messi dando assistência para Andrés Iniesta, algoz do assalto em 2009. O jogo estava indo para o intervalo com a classificação nas mãos do Barcelona, o narrador Galvão Bueno chegou a dizer que "viria um chocolate aí", mas eis que Frank Lampard faz uma tabela com Ramires e deixa o brasileiro na cara do gol. O camisa 7 então fica frente a frente com Victor Valdés e dá um toque sutil que encobre o goleiro e cai lindamente balançando as redes. Era um balde de água fria no time da casa.



Assim que começou o segundo tempo, o árbitro turco Cüneyt Çakir marcou pênalti de Didier Drogba em Cesc Fàbregas (hoje no Chelsea). Já seria algo para desandar de vez as coisas no time Londrino, porém o craque Lionel Messi parou no travessão e a zagueiro afastou o perigo com mais um chutão. 

Depois disso, o bombardeio do Barcelona aumentou consideravelmente, mandando praticamente todo mundo para o campo de ataque e o Chelsea tirava forças de ninguém sabe onde para resistir à pressão. Bolas na trave, defesas de Cech e sucessivas faltas e escanteios aterrorizavam a defesa Blue. 

As alterações foram sendo feitas e o tempo passava. Di Matteo tirou Juan Mata e pôs Salomon Kalou, e mais tarde tirou Drogba e colocou Fernando Torres. Essa última alteração decidiu a partida.

Em mais uma de suas pressões, o Barcelona colocou praticamente todos no campo de ataque, a defesa inglesa afastou com um chutão e a bola sobrou para Torres, que inteligentemente ficou posicionado antes da linha do meio campo para não ficar impedido. O atacante espanhol avançou sozinho para a área e driblou facilmente Valdés para ficar com o gol livre e matar de vez o confronto. 



Na comemoração todos do Chelsea estavam em extrema felicidade, pois o time estava indo para a final depois de ter batido na trave em 2008 para o Manchester United. O pessoal do Barcelona ficava incrédulo com o que estava acontecendo no Camp Nou. O melhor do mundo naquela época, Lionel Messi, ficou ajoelhado no gramado de cabeça abaixada durante um tempo, inconformado. 

O árbitro turco apitou o final de jogo e o Chelsea avançou à final em Munique, aguardou o dia seguinte para saber o seu adversário entre Real Madrid ou Bayern, e o time alemão acabou se classificando. O resto, como todos sabem, é história...
Arthur Cavalcanti

Arthur Cavalcanti

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